Titulado em 2018 como Patrimônio Vivo de Pernambuco, Luiz Gonzaga de Lima, o Mestre Gonzaga de Garanhuns, é um dos homenageados deste ano

Foto: Renan Araujo


Cordelista e mestre de reisado, titulado em 2018 como Patrimônio Vivo de Pernambuco, Luiz Gonzaga de Lima – Mestre Gonzaga de Garanhuns é não só um dos homenageados do 31º Festival de Inverno de Garanhuns como também, com seu legado, inspirou o tema da edição deste ano – A Cultura Reina. Sua brincadeira contribui para que, em dezembro do ano passado, o reisado de Pernambuco fosse inscrito no Registro do Patrimônio Cultural Imaterial.

Nascido no dia 8 dias de agosto de 1943, teve contato com os reisados na região desde os 11 anos de idade e em 1954, fundou seu próprio reisado, contando com a participação de crianças da sua faixa etária e com elas seguindo até 1957.

Em 1977, Gonzaga foi convidado a ser o personagem Mateus, no Reisado do Mestre João Gomes. Porém, a sua carreira desponta após gravar uma música de sua autoria para o LP Benditos e Reisados, de 1982, primeiro disco dedicado ao gênero. Por conta deste trabalho, Gonzaga foi convidado para se apresentar no programa Som Brasil, da Rede Globo, apresentado por Rolando Boldrin. Criou-se assim Gonzaga de Garanhuns, mestre de reisado, transformando a sua cidade natal como referência nacional da brincadeira. Além da participação em outros reisados da região, Gonzaga de Garanhuns foi fundador de pelo menos oito grupos.

Autor de mais de 300 cordéis, escreveu igualmente o livro Garanhuns em Versos – um pouco de sua história. Por sua trajetória, recebe, no ano de 2021, o título de Notório Saber em Cultura Popular da Universidade de Pernambuco – UPE.

Mantinha em Garanhuns, desde 2020, um espaço cultural dedicado ao Reisado e à Literatura de Cordel – Espaço Cultural Gonzaga de Garanhuns.



Ascom