A Pfizer e a BioNTech pretendem desenvolver uma nova versão de sua vacina criada contra a Covid-19. A ideia das empresas é “tirar a água” do imunizante e transformá-lo em pó, processo que é conhecido como liofilização. 

O motivo? Conseguir diminuir a dependência da conservação em temperaturas extremamente baixas. A vacina criada pelas farmacêuticas precisa ser conservada em até -70°C, o que dificulta a logística para a sua distribuição em países como o Brasil, por exemplo, que não tem ultracongeladores na chamada Rede de Frio, do Programa Nacional de Imunização brasileiro.

Vale lembrar que, atualmente, o padrão de manutenção de vacinas no mundo é feito em refrigeradores, com temperaturas que variam entre 2°C e 8°C – o mesmo que nas geladeiras caseiras.

Vacina criada pelas farmacêuticas precisa ser conservada em até -70°C. 
Imagem: MBLifestyle/Shutterstock

“Se o desenvolvimento da nova versão for bem-sucedido, há grande probabilidade de buscarmos uma autorização ou licença separada para essa apresentação, ou uma expansão da autorização inicial ou licença para cobrir uma formulação liofilizada”, diz a Pfizer em nota. A farmacêutica também afirma que espera ter resultados até 2022.

No Brasil, mesmo com dados da fase 3 de estudos da vacina já apresentados à Anvisa, ainda não houve pedido de uso emergencial ou de registro. De acordo com a Pfizer, foram oferecidas cerca de 70 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 ao governo, com entrega programada para o fim deste ano. Ao todo, foram três tentativas de acordo, sem sucesso.
Vacina liofilizada

A técnica de liofilização de uma vacina consiste em retirar a sua umidade num ambiente à baixa temperatura, transformando a vacina líquida em uma pastilha de pó. Quando chega ao destino, é reconstituída com um líquido específico ficando finalmente pronta para ser injetada.




Fonte: Olhar Digital