Milhares de russos saíram às ruas ontem, em quase 200 cidades do país, para protestar contra a corrupção e o governo de Valdimir Putin. A mobilização foi reprimida pela polícia.

Segundo dados da ONG russa OVD-Info, mais de 2 mil manifestantes foram presos. O opositor Alexei Navalny foi um dos detidos. Navalny é hoje o principal nome da oposição russa e pretende disputar a eleição de março de 2018 contra Putin. De acordo com sua mulher, Yulia Navalnaya, ele foi preso quando saía de casa.

A polícia russa confirmou a detenção e disse que o levou para um juiz, por violar as regras de manifestações e por se recusar a obedecer as leis. A manifestação havia sido aprovada pela Prefeitura de Moscou, mas os opositores mudaram o trajeto para os arredores do Kremlin.

A capital Moscou e São Peterburgo concentraram a maioria das prisões, mas também houve detenções em várias cidades do interior russo. Somente em Moscou foram mais de 700 prisões, de acordo com a OVD-Info.

Os atuais protestos na Rússia são os maiores do país nos últimos anos. Os atos criticam a corrupção no país e os excessos do governo Putin.

O protesto de ontem ocorreu no dia em que é comemorada a independência russa. O último grande ato havia sido em 26 de março, quando milhares marcharam em dezenas de cidades do país.

Os Estados Unidos condenaram a repressão e pediram a libertação imediata dos manifestantes. "O povo russo merece um governo transparente e responsável", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.




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