Tida como uma das novas promessas da Rede Globo, a minissérie “Sexo e as negas” pode enfrentar problemas jurídicos antes de entrar no ar. A ouvidoria da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial já recebeu três denúncias de racismo por conta da produção, que deve entrar no ar no dia 16 deste mês.

De acordo com informações do Poder Online (iG), diversas organizações do movimento negro e de mulheres iniciaram, via internet, uma campanha de boicote ao programa. A produção é uma espécie de “adaptação” suburbana do seriado americano “Sex and the city”. Quem assina a produção é o ator e diretor Miguel Falabella.

A Secretaria de Igualdade Racial ainda está analisando as queixas. O governo ainda pode pedir providências à emissora. Esta não é a primeira vez que denúncias de racismo e machismo chegam ao governo por conta de produções televisivas.

Em 2011, uma campanha da cerveja Devassa que dizia “É pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra” chegou a ser retirada do ar após solicitação da Seppir e do Ministério Público ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária.


Miguel Falabella respondeu com ironia os comentários de que o titulo do programa seria racista.

Na coletiva de imprensa do programa na Central Globo de Produção, Miguel disse, em tom irônico, que o Brasil realmente precisa de protestos para mudar a sua situação: “As pessoas têm que protestar mesmo. Este país precisa de protestos!”.

O seriado, que entre suas protagonistas tem a cantora e atriz Karin Hills, ex-Rouge, contará a história de quatro negras que vivem em uma famosa comunidade carioca. A produção, na grande verdade, será uma sátira à famosa série americana “Sex and the City”.



Fonte: P. Político