Com a obrigação de definir substituto para Eduardo Campos (PSB) em oito dias, a coligação Unidos Pelo Brasil se inclina a ter Marina Silva como presidenciável, mas o martelo só deve ser batido na próxima semana.

Roberto Amaral, que assumiu a Presidência do PSB, afirmou ontem que será o responsável por abrir o processo de escolha e que "isso não será feito enquanto ele [] não for enterrado". O porta-voz de Marina, Walter Feldman, disse que essa também é a posição da ex-ministra.

O fato é que, dentro do próprio PSB e da família, a substituição já é discutida, e o nome de Marina, defendido. Antônio Campos, irmão de Eduardo, afirmou em carta aberta que pedirá que ela seja a candidata. Entre os outros cinco coligados, destaca-se o PPS, que oferecera filiação a Marina.

"Não vejo nenhum problema, o partido estava integrado na campanha de Eduardo e de Marina", disse o deputado Roberto Freire, presidente do PPS.

PHS, PPL e PSL declararam que Marina seria a substituta "natural", mas Luciano Bivar, presidente da última legenda, ponderou que ela deverá honrar os "compromissos" de Eduardo. Só o PRP não manifestou decisão.

O TSE determina que cabe às diretorias de todos os partidos coligados decidir sobre a substituição, em dez dias contados a partir da morte do candidato.

A preferência pela vaga de candidato à Presidência, porém, é do PSB, que a encabeçava e ao qual Marina se filiou no ano passado.



Fonte: D. Jornal