A desaceleração da inflação está contribuindo para elevar a rentabilidade da mais tradicional modalidade de aplicação financeira no país. No acumulado em 12 meses até maio, a caderneta de poupança ofereceu um ganho real (descontada a inflação) de 4,37%, segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economática.

Trata-se da maior taxa de retorno desde 2006, quando o modalidade rendeu 5,1% na mesma base de comparação.

O IBGE divulgou na sexta-feira que o IPCA, a inflação oficial, ficou em 0,31% no mês de maio, acumulando variação de 3,6% em 12 meses. Com isso, o ganho real da poupança no mês foi de 0,27%.

No acumulado em cinco meses, o retorno descontada a inflação está em 1,66%, se aproximando do ganho real obtido nessa aplicação durante todo 2016 (1,9%).

A poupança teve, ainda, desempenho melhor nos últimos 12 meses do que outras aplicações, como ouro, dólar e euro (veja ao lado).

Mercado reduz projeção

A contar pela projeção do mercado, a poupança vai seguir elevando seu retornoneste ano.

De acordo com o Boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC) que reúne as estimativas de cerca de cem analistas, a inflação em 2017 deve ficar em 3,71%, contra 3,91% projetados uma semana antes.

Também a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, ajuda a aumentar as vantagens da poupança contra outras modalidades.

A previsão do Boletim Focus é que a Selic fecha o ano em 8,50%; ela está em 10,25% ao ano. Sempre que há cortes nos juros, a caderneta ganha atratividade.




Destak Jornal