A doação de órgãos no Estado vem caindo, de acordo com dados da Central de Transplantes de Pernambuco. O número de transplantes de coração, fígado, rins e pâncreas caiu 17% em comparação com o ano passado. Enquanto de janeiro a setembro, de 2015, foram feitas 379 doações dos chamados órgãos sólidos, aqueles que ficam no tórax e no abdômen. No mesmo período de 2016, houve 315 transplantes.

O coração foi o que teve a maior queda no número de transplantes, de 22% (foram 36 em 2015 e 28 em 2016), seguido de rim, com queda de 20% (de 254 em 2015 para 202 em 2016). Já medula óssea teve uma queda de 13% (de 172 em 2015 para 150 em 2016). Dos quatro tipos de transplante, apenas um apresentou melhora. Foi o de rim/pâncreas (o pâncreas só pode ser doado com um dos rins), que cresceu de dois para seis.

"Só podemos efetivar um transplante se tivermos a autorização familiar do potencial doador. Sem doador não há transplante", afirma a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes.

Apesar das quedas, o Estado ainda tem o que comemorar. Entre janeiro e setembro de 2016, Pernambuco realizou 1.062 transplantes de órgãos e tecidos, um crescimento de 9,26% em relação ao mesmo período de 2015, que computou 972 procedimentos. O aumento foi motivado pelos transplantes de córnea, que passaram de 416, em 2015, para 592 este ano, um acréscimo de 42%.

Além disto, segundo novo boletim da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, neste mesmo período, Pernambuco ficou no 1º lugar no Norte/ Nordeste no número de transplantes de coração, rim, rim/pâncreas e medula óssea.




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