A barragem de Jucazinho, em Surubim, no Agreste do Estado, entrou em colapso. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o reservatório, pode acumular 327 milhões de metros cúbicos de água, está apenas com 0,01% de sua capacidade, e por isso, não oferece mais condições de captação para abastecimento.

O reservatório, que chegou a atender 15 cidades da região, estava abastecendo 11 cidades. A partir desta semana, aproximadamente 200 mil pessoas dos municípios atingidos vão receber água por meio de carro-pipa.

Segundo o diretor regional do interior da Compesa, Marconi de Azevedo, até a última sexta-feira era possível bombear algum volume de água, o que não é mais possível. "Só restou lama", afirmou.

A escassez de chuvas no Agreste pernambucano, provocada por uma estiagem que já dura seis anos, foi a responsável pelo colapso de Jucazinho. Em novembro de 2015, a Compesa passou a explorar o volume morto da barragem, quando ela atingiu o seu pior índice desde a sua inauguração, chegando a 2,18% da sua capacidade.

Com a água diminuindo no reservatório, em setembro de 2015, três das 15 cidades abastecidas por Jucazinho deixaram de receber água da barragem: Caruaru, Bezerros e Gravatá. Em julho deste ano, Santa Cruz do Capibaribe também entrou na lista.

Das 11 cidades restantes, 10 serão atendidas exclusivamente por carros-pipa com o colapso de Jucazinho. São elas Toritama, Vertentes, Vertente do Lério, Santa Maria do Cambucá, Casinhas, Passira, Cumaru, Riacho das Almas, Salgadinho e Frei Miguelinho. Surubim, que também era abastecida por Jucazinho, será atendida por uma adutora de 30 km a partir da Barragem de Pedra Fina, em Bom Jardim.

Para socorrer as cidades que estão em situação crítica de abastecimento, a Compesa afirmou que estão sendo viabilizados projetos hídricos para a região. Um deles é a Adutora do Agreste.




Destak Jornal