A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação Greenfield, que investiga irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país - todos ligados a estatais. Os desvios são estimados em R$ 8 bilhões.

São investigados os fundos de pensão Petros (de trabalhadores da Petrobras), Funcef (de funcionários da Caixa), Previ (de funcionários Banco do Brasil) e Postalis (de trabalhadores dos Correios). Segundo as investigações, o esquema superavaliava as empresas onde o dinheiro era investido e ocultava o risco das operações. Além disso, os critérios de aprovação dos investimentos eram desrespeitados, e havia desvio de recursos dos fundos.

Foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 34 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para depor e depois, liberada). Outros 106 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.

Entre os que foram levados para prestar depoimento estão Wesley Batista, um dos sócios controladores da J&F (holding detentora da JBS) e Walter Torre (dono da construtora WTorre). O ex-diretor da OAS Léo Pinheiro também foi levado para prestar depoimento. Ele estava em liberdade provisória pela Operação Lava Jato, mas voltou a ser preso e será levado para o Paraná. Segundo o responsável pela Lava Jato, juiz Sérgio Moro, Léo Pinheiro continuava cometendo crimes.

Segundo a polícia, a J&F e a JBS não são investigadas diretamente na operação. As investigações estão centradas na Eldorado Brasil - empresa de celulose controlada pelo grupo dos irmãos Wesley e Joesley Batista por meio da J&F Investimentos. A assessoria da J&F afirmou que colabora com as investigações.

Crimes

Os investigados podem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.




Destak Jornal