Pelo segundo dia seguido, o governo não conseguiu atingir o número mínimo de deputados para dar quórum na sessão de análise dos vetos presidenciais. O governo trabalha intensamente para manutenção da canetada de Dilma Rousseff.

A expectativa do Planalto era de que os vetos tivessem sido mantidos na terça-feira (6), dia seguinte a formalização da reforma ministerial. Com mais poder ao PMDB dentro do governo, os aliados da presidente esperavam retorno com a base unificada.

Não foi isso que ocorreu. Tanto na sessão de ontem quanto na desta quarta-feira, peemedebistas e insatisfeitos com a reforma ajudaram a esvaziar o plenário.

Compareceram 223 dos 257 deputados que eram necessários para abrir a sessão. Além deles, 68 senadores marcaram presença. O número mínimo de integrantes do Senado é 41. Na terça-feira, estiveram presentes 196 deputados.

Embora apenas 223 tenham marcado presença na sessão do Congresso, minutos depois apareceram 428 deputados na sessão apenas da Câmara.

Líderes do PSD, PR, PP, PTB e Pros, da base de Dilma, não marcaram presença na sessão dos vetos.

Os vetos em análise tem impacto orçamentário de mais de R$ 60 bilhões. Só o reajuste de até 78% nos vencimentos do Judiciário pode gerar um gasto extra de R$ 30 bilhões. O rombo é equivalente ao que o governo tenta suprir com a arrecadação da recriação da CPMF.

Se derrubados, eles colocam em risco o pacote de ajuste fiscal elaborado pelos ministros Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento.



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