Policial descontrolado agride mulheres em ato da USP

Reprodução/Vídeo Agência Brasil e Carta Capital 

Uma manifestação de estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) terminou em confronto com a Polícia Militar. O ato fez parte do Dia Nacional de Paralisação, protestos organizados pelas centrais sindicais contra o ajuste fiscal e projeto de lei que trata da regulamentação dos trabalhadores terceirizados no país. Uma pessoa foi presa e houve feridos.

Depois de uma concentração, no cruzamento da rua Alvarenga com a Afrânio Peixoto, na zona sudoeste, os manifestantes tentaram bloquear o acesso à Rodovia Raposo Tavares, no sentido interior-capital. Houve intervenção da Polícia Militar, que, segundo o Sintusp, usou bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Garota covardemente agredida

Um vídeo divulgado [assista abaixo] nesta sexta-feira (29) mostra um policial militar dando um soco no rosto de uma jovem que participava de ato.

A agressão aconteceu porque a garota, que estava desarmada, se recusou a soltar a mochila de um jovem que havia sido detido, impedindo que fosse tomada pelo policial.

Antes disso, ele havia jogado gás de pimenta em seu rosto. Por fim, deu-lhe um chute que a jogou ao chão.
Mais agressões

O fotojornalista Danilo Verpa, da Folha de S.Paulo, recebeu golpes de cassetete enquanto cobria a manifestação, e foi impedido de registrar o Boletim de Ocorrência. Ele havia acabado de registrar a prisão de um manifestante por dois agentes. Quando se identificou como repórter, um policial teria gritado: “Sai, imprensa filha da puta”.

O estudante de Ciências Sociais, Carlos Alberto dos Santos, de 27 anos, ferido na cabeça, foi detido e até por volta das 13h ainda prestava depoimento no 34º Distrito Policial (DP). O diretor do Sintusp, Magno de Carvalho, informou que pelo menos dez pessoas ficaram feridas. Esse número não foi confirmado pelo 34º DP, que registrou apenas um ferido.

Por meio de nota, o Sintusp argumentou que a “manifestação ocorria pacificamente, quando a força policial reprimiu o ato”. O comunicado revela que, entre os feridos, estavam duas mulheres e que uma delas recebeu socos no rosto, foi jogada no chão e pisoteada.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), informou que o secretário Alexandre de Moraes determinou o afastamento de um dos policiais flagrado atirando da viatura. “O procedimento em questão foi totalmente irregular”, diz o comunicado, acrescentando que a conduta dos policiais será objeto de apuração.

Por meio da nota, a secretaria alegou que a PM está atuando nas várias manifestações para reduzir o impacto dos atos na rotina das pessoas e que, em especial, neste episódio foram usados “os meios necessários que o cruzamento não fosse fechado pelos manifestantes”.




Fonte: Pragmatismo Político