Polícia usou balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água contra manifestantes

Manifestante ferido por bala de borracha (Foto: Everson Bressan/SMCS)

A repressão da Polícia Militar do Paraná aos manifestantes que faziam ato nesta quarta-feira 29 no Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa, em Curitiba, deixou ao menos 200 feridos, segundo o jornal Gazeta do Povo, sendo ao menos oito deles em estado grave.

A PM usou balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água contra os manifestantes. Segundo o site Catve, de Cascavel (PR), ligado ao portal Terra, a PM usou cachorros contra a população e jogou bombas de gás lacrimogêneo a partir de helicópteros. Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o cinegrafista Luiz Carlos de Jesus, da Band, foi atacado por um cão da PM da raça pitbull. Ferido na perna, teve de passar por uma cirurgia. Também segundo a Abraji, o fotógrafo Henry Milleo, da Gazeta do Povo, foi ferido em um dos braços e no abdome por estilhaços de uma bomba de efeito moral lançada pela PM contra os professores.

O Broadcast Político, serviço do jornal O Estado de S. Paulo, afirmou que 17 policiais militares foram presos por se recusar a participar do cerco aos professores em Curitiba.

Os manifestantes se reuniram para protestar contra mudanças no custeio da ParanaPrevidência, responsável pelos pagamentos da Previdência Social aos servidores do estado. O projeto, bancado pelo governador Beto Richa (PSDB), enfrenta muitas resistências, em especial dos professores estaduais, que realizaram uma greve de 29 dias em março e, desde a segunda-feira 27, retomaram a paralisação.

O governador sustenta que o projeto de mudanças na previdência não foi entendido da forma correta pelos setores mobilizados. Na segunda-feira, Richa afirmou por meio de sua conta no Twitter que nenhum direito será ameaçado:


É importante que o projeto seja entendido. Os direitos dos aposentados e pensionistas estão garantidos.

— Beto Richa (@BetoRicha) 27 abril 2015


Ferido é retirado de ambulância (Gabriel Rosa/SMCS)





Fonte: Carta Capital