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Os três homens terão feito reféns no Museu do Bardo, junto ao parlamento do país. As vítimas mortais são turistas estrangeiros e um tunisino. Sequestro já terminou.

Três homens armados de metralhadoras Kalashnikov entraram na manhã desta quarta-feira no Museu do Bardo, em Tunes, na Tunísia, e provocaram a morte a oito pessoas, sete turistas estrangeiros e um tunisino. O museu situa-se ao lado do parlamento e foram feitos reféns. Ao início da tarde, a polícia abateu dois dos atacantes e libertou os reféns do museu, informa a televisão France 24.

Diversas testemunhas alegam que os três homens saíram de uma mesquita próxima do museu e do parlamento, dispararam primeiro sobre um autocarro de turistas e depois, já com reféns, refugiaram-se junto ao museu, no qual acabaram por entrar. Segundo Mona Brahim, deputada tunisina, que assistiu a tudo, seriam quatro os atacantes no momento em que saíram da mesquita.

De acordo com os meios de comunicação tunisinos, os homens entraram no museu vestidos com uniformes militares. O porta-voz do Ministério do Interior apenas confirmou que havia uma pessoa ferida, que foi transportada para o hospital, mas não disse nada relativamente aos mortos, informação que foi avançada pela Reuters e por outras agências noticiosas.

Segundo a BBC, os trabalhos parlamentares foram suspensos enquanto o cerco aos homens prossegue. No momento do tiroteio, os deputados discutiam alterações à lei anti-terrorismo. As autoridades ficaram em alerta quando viram que o armamento que os suspeitos levavam não era o regulamentar para pessoal militar. Ao serem abordados para se identificar, começou o tiroteio com a polícia, que os levou a esconderem-se no Museu.

O Museu do Bardo situa-se junto ao parlamento, bem no centro da capital da Tunísia, Tunes. O bairro está neste momento bloqueado, com um forte dispositivo policial à volta dos locais onde o ataque se deu.

O Bardo é um espaço museológico de grande relevância na Tunísia, sendo mesmo um dos locais culturais mais procurados por turistas e tunisinos no país. Fundado no fim do século XIX, o museu alberga importantes coleções de peças antigas, incluindo um conjunto de mosaicos romanos único no mundo.




Fonte: Observador