Os bancários de instituições públicas e privadas referendaram ontem à noite a proposta de greve geral por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, dia 30.

A decisão de paralisação nacional foi aprovada em assembleias pela maioria dos 134 sindicatos da categoria em todo o país - entre eles São Paulo e região do ABC, Campinas (SP), Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Belo Horizonte.

A categoria reivindica reajuste de 12,5% (aumento real de 5,8%), mas a Fenaban (federação dos bancos) ofereceu, segundo o sindicato, aumento menor: de 7% (alta real de 0,61%).

Novas assembleias serão realizadas na segunda, para organizar o movimento, ou avaliar uma eventual proposta melhor dos bancos.

"Os bancos que atuam no Brasil continuam tendo a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional. Somente os seis maiores tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013. Mas os banqueiros só valorizam os altos executivos e não querem atender as reivindicações da categoria", diz o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias no ano passado, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%.


Fonte: Destak Jornal