As pessoas muitas vezes não pensam que podem ter coisas valiosas espalhadas na sua própria casa.

Dessa vez, um sortudo desavisado ficou surpreso quando descobriu que havia um brinco em sua casa feito de uma pérola incrivelmente rara.

A especialista em joias, Marielle Whiting, examinou a enorme pérola natural. Ela suspeitou que era verdadeira e mandou a joia preciosa para os cientistas em Londres e depois para Suíça. Raios-X confirmaram que ela era uma pérola real e não de plástico, com um diâmetro de 17,4 milímetros.

A pérola possui 33.14 quilates e foi produzido por uma ostra da espéciePinctada máxima. Aparentemente, ela levou cerca de 10 anos para se desenvolver na natureza. Foi dada uma estimativa de pré-venda de R$ 450 mil pelos leiloeiros Woolley e Wallis, em Salisbury, Wiltshire, Inglaterra. Entretanto, acredita-se que ela poderia exceder a estimativa e chegar ser vendida por R$ 750 mil.


O outro brinco do par é feito de uma pérola cultivada, o que significa que foi produzida por um criador de ostras, em condições controladas, e por isso não é tão valiosa. Estima-se que ela tenha valor em torno de R$ 16 mil, mas não fará parte do leilão.

Jonathan Edwards, chefe do departamento de joias, disse: "A pérola veio de uma fonte particular e foi apresentada como parte de um par de brincos. A esposa do proprietário provavelmente já havia usado e nem ter desconfiado de seu valor. Quando olhei para o par, percebi imediatamente que havia uma diferença entre os dois brincos: a camada de uma era bem mais grossa que a da outro. Entretanto, foi necessário uma radiografia para ter certeza”.


As pérolas são formadas quando uma ostra produz camadas de nácar, um mecanismo de proteção. O nácar é cristalizado por conta do carbonato de cálcio dentro da ostra, feito para protegê-la quando um corpo estranho permanece em seu interior.

Quando os dois se unem, se enrijecem, formando uma estrutura de pérola. Entretanto, esse processo pode levar anos e quanto maior a pérola, mais camadas de nácar são adicionadas e maior seria a pérola. Podem ser feitas em laboratório, mas, quando são produzidas sem qualquer interferência humana, se tornam muito mais raras.

Fonte: DailyMail / J. Ciência 
Foto: Reprodução / DailyMail