Os moradores que tiveram os barracos destruídos no incêndio que atingiu a comunidade Beira-Rio, nos Coelhos, realizaram um novo protesto nesta terça-feira (6), no Centro do Recife. Cerca de 200 pessoas interditaram três locais e tocaram fogo em entulhos. 

Foto: Arthur Mota

O trânsito ficou bastante complicado. Equipes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) foram acionadas para o local, além de guardas municipais e o Corpo de Bombeiros (CB).
O viaduto Joaquim Cardoso, uma rua próximo do hospital Imip e a rua Francisco Alves, que dá acesso a avenida Agamenon Magalhães, ficaram bloqueados. Os moradores cobraram providências da Prefeitura do Recife em relação a retirada das famílias da localidade que, segundo eles, já deveria ter sido feita há muito tempo. Eles reivindicaram a falta de assistência, reclamaram da falta de colchões, de comida e de lugar pra ficar.
Os moradores reclamaram que após o primeiro incêndio, que aconteceu há dez anos, na comunidade Roque Santeiro, as vítimas que perderam as casas até hoje não receberam uma nova. As vítimas do incêndio da última segunda-feira (5) estão na casa de amigos, familiares, escolas e abrigos cedidos pela prefeitura. Alguns moradores que ficaram sem casa invadiram a Escola Municipal dos Coelhos e uma creche, que fica ao lado da escola. Guardas municipais conseguiram entrar em acordo com as pessoas, que logo deixaram a escola.
A Prefeitura do Recife disponibilizou locais para abrigar as pessoas que perderam as casas. Na Travessa Gusmão, próximo à praça Sérgio Loreto, no bairro de São José, estão seis pessoas, sendo três crianças. As quase 200 famílias agora esperam por ajuda para reconstruir as vidas. O incêndio foi considerado de grandes proporções e durou aproximadamente duas horas e meia. Várias pessoas passaram mal por conta da inalação de fumaça, mas felizmente ninguém ficou ferido. De acordo com informações do CB, a área atingida pelas chamas foi de 500 metros quadrados. 
Fonte: Folha-PE