A jovem sofre de um distúrbio extremamente raro que a faz dormir por alguns dias e até meses.

No ano de 2012 Imaarl Duprey, de apenas 23 anos, dormiu por 59 dias, praticamente ininterruptos e, durante o episódio, comportava-se como uma criança de colo.

A Síndrome de Kleine-Levin (SKL), apelidada de Síndrome da Bela Adormecida, afeta 1.000 pessoas em todo o mundo e pode tornar a vida de seus portadores um verdadeiro inferno por provocar constantes sonolências, sem ‘aviso prévio’.

Duprey trabalha com moda em Londres. Ao entrar em estado de sono profundo, sua família precisa acordá-la para que possa comer, tomar água e ir ao banheiro. Sua mãe, Kerry Griffiths, 46, e sua irmã Shahnequa Duprey, 21, são as responsáveis por cuidar de sua saúde nestes períodos.

Duprey visitou o médico várias vezes, mas nunca obteve respostas satisfatórias. Uma vez ouviu de um que ela tinha “comportamento típico de adolescente”. Levou anos para que ela fosse diagnosticada corretamente com a síndrome.

Ela passou por diversos exames no cérebro e testes de narcolepsia no Hospital Kings College, em Londres: “Foi traumático, mas de uma maneira ou outra eu estava esperando por um tumor cerebral porque eu gostaria de saber o que está acontecendo e não existiam médicos que pudessem me ajudar”, relatou ao britânico DailyMail.


Para ela, levar uma vida normal é algo extremamente difícil, mas apesar das dificuldades ela estava determinada em concluir sua graduação em Psicologia pela University of London. Em 2010, dormiu por várias semanas e perdeu exames importantes na universidade, o que a fez reprovar e retroceder 1 ano.
O que é a Síndrome de Kleine-Levin?
É uma condição neurológica que começa na adolescência e pode ter início em uma infecção ou doença. Caracteriza-se por períodos de sono excessivo de até 20 horas. Estes episódios podem durar pouco tempo, ou se alongar por meses.
Durante a ocorrência, o paciente pode tornar-se extremamente irritável, infantil, desorientado e ter desejo em comer quantidades exageradas de alimentos. Ao acordar, pode-se voltar para uma vida saudável, mas é normal que se sintam deprimidos ou com depressão.
Das 1.000 pessoas que existem no mundo com o problema, cerca de 70% são homens. Não existe nenhum tipo de cura para a síndrome e a única solução é esperar que a pessoa acorde.
Aparentemente, com o avanço da idade, os episódios de sonolência profunda diminuem.
Fonte: DailyMail
Foto: Reprodução / MailOnLine