Foto: Bruno Campos

Uma nova passeata do movimento “À luta, Recife” ganhará as ruas nesta quarta-feira (26). Pela segunda vez, o protesto terá concentração, na praça do Derby, região central do Recife, às 16h. Segundo os organizadores o ato deve contar com um público menor que o anterior, quando mais de 52 mil pessoas invadiram as ruas da Capital, na última quinta-feira (20).
Os militantes, que começaram a se intitular nas redes sociais com “Frente de Luta pelo Transporte Público”, querem, com a segunda manifestação de rua, concentrar as discussões nos temas de transporte público de qualidade, passe livre e mobilidade urbana.
“O aspecto positivo da primeira manifestação foi que muitas pessoas foram às ruas, mas acabou que houve dificuldade em estabelecer as pautas principais”, disse o estudante Marcos Vinicius Albuquerque, 25 anos, membro do Diretório Acadêmico da Universidade Católica e um dos articuladores do grupo.
Segundo ele, a população compareceu as ruas levando reivindicações diversas da que eram priorizadas pelos militantes que organizaram o manifesto. Agora, a passeata quer unificar os pedidos no tema do transporte. “Não é só ir para a rua por ir. É sair por uma causa. Agora é a hora da politização das pessoas”, comentou sobre a motivação da nova passeata. Mais uma vez, o roteiro da caminhada não foi divulgado pelos articuladores do ato.
O manifesto terá apoio de motoristas e cobradores de coletivos, mas serviço não vai parar. O presidente da Oposição de Verdade CSP Conlutas, Hélio Cabral, informou que os servidores do transporte público podem cruzar os braços na próxima quinta-feira (27), de acordo com indicativo nacional. A classe define apenas nesta terça-feira (25) como será essa paralisação.
Além da preparação para a nova passeata, membros da “Frente de Luta pelo Transporte Público” também se articulam para libertar dois manifestantes que acabaram presos por danos ao patrimônio na última semana. O estudante Thiago Leandro, 24, que faz parte da comissão jurídica do movimento, contou que um habeas corpus deve ser julgado para a soltura dos jovens.
Fonte: Folha-Pe.