Na voz e no dedilhar da sanfona de Seu Luiz, o Nordeste foi elevado a sua 
condição mais sublime. Rompeu barreiras e transformou paradigmas,
abrindo caminho para a música regional. Deu ao baião o tempero que 
faltava ao implementar a zabumba e o triângulo, junto com sanfona, 
numa confluência sonora estonteante que marcaria para sempre o gênero
forró. Começou como solista, mas explodiu como cantor. Em pouco
 tempo, o artista mais popular do país se transformou em Rei.

Gonzaga teve ao lado parceiros fundamentais para alavancar a carreira. 
Humberto Teixeira, Zé Dantas, José Marcolino, Onildo Almeida, João Silva, 
Janduhy Finizola, Hervê Clodovil, Dominguinhos e tantos outros. 
Junto com eles, ajudou a difundir o xaxado, xote, aboio, chamego e toada. 
Também carregou nos versos o sotaque sertanejo, mantendo-se fiel às 
suas origens. Homenageou o vaqueiro, louvou Padre Cícero, idolatrou
Frei Damião, gritou pela defesa dos animais, cantou a saudade, a alegria 
e a tristeza. Fez piada com a Jovem Guarda, eternizou sua terra amada e 
imortalizou o povo sertanejo.
Informações: Folha-Pe.