Fotografia? Não.
hiper-realismo é derivado do fotorrealismo, e teve sua origem na segunda metade do século XX. Como o próprio nome indica, o realismo é levado ao extremo, ou seja, acrescentam-se muitos detalhes às obras de pintura, desenho ou escultura, para que esse se aproxime o máximo possível da realidade.
Os hiper-realistas utilizam-se das cargas sociais ou emocionais de suas obras, contextualizando-as de modo a criar narrativas singular e cheias de poesia.
É importante notar o componente paradoxal do hiper-realismo: apesar das obras aproximarem-se da realidade a ponto de serem quase idênticos, não são a realidade. Essa simulação de realidade cria a ilusão de uma nova realidade, mais complexa e, principalmente, mais subjetiva.

    Dá para acreditar que o desenho acima foi feito por uma garota de 18 anos?           


Rajacenna está acostumada a ser precoce. A holandesa, nascida em 1993, começou a trabalhar como modelo aos 4 anos de idade, e aos 5 fez suas primeiras aparições na televisão. Ela estrelou filmes, novelas e seriados e aos 12 anos tornou-se apresentadora do Kinderjournaal.
Porém, foi só em 2009 que Rajacenna decidiu dedicar-se aos desenhos, e começou a produzir ilustrações incríveis. Ela leva cerca de 40 horas para completar cada um dos desenhos. Ufa!

    Alyssa Monks: quando o realismo desconstrói a si mesmo

“Quando comecei a pintar o corpo humano, me tornei tão obcecada com ele que precisava do máximo de realismo possível. Persegui realismo até que chegou a um extremo, e começou a desconstruir a si mesmo”, explica Alyssa Monks, pintora de Nova Jérsei de 35 anos. “Estou explorando a possibilidade e potencial de representação, onde a pintura figurativa e abstrata encontram-se, onde coexistem.”
E como fazer o abstrato e o hiper-realismo coexistirem? Alyssa utiliza-se de “filtros” que insere em suas pinturas – como a presença de água, vidro, vapor – que distorcem as figuras que representa.
    Roberto Bernardi: impessoalidade fria

O italiano Roberto Bernardi é tão real que podemos quase sentir a temperatura dos objetos que retrata. O artista, que começou a pintar telas com menos de 10 anos de idade, hoje domina o hiper-realismo. Suas obras mostram cenas da vida cotidiana de forma crítica, exibindo com impessoalidade e frieza a forma automatizada como vivemos.

                      Juan Francisco Casas: só caneta Bic

Quem nunca rabiscou com uma caneta Bic? O espanhol Juan Francisco Casas, de 34 anos, cria desenhos tão realistas usando apenas as famosas canetas que parecem fotografias.
Tudo começou há seis anos, quando Casas começou a desenhar seus amigos divertindo-se. Um ano depois, o artista decidiu enviar um dos seus desenhos a uma competição nacional de arte – apesar de achar que os jurados, provavelmente, achariam que aquilo era piada. Ele levou o segundo lugar.
Seus trabalhos incríveis, alguns com vários metros de altura, consomem 14 canetas esferográficas cada, e podem levar até duas semanas para ficar prontos.
Fonte: Pragmatismo Político